O senador Wilder Morais (PP-GO) espera que a gestão do emedebista Michel Temer tenha os olhos voltados para a segurança pública em seu último ano.
Para Wilder, a segurança é tema de extrema urgência e não pode mais ser ignorado pela Presidência da República.
De acordo com senador Wilder, a ideia de criação de uma Polícia de Fronteira seria uma grande contribuição de Temer.
Para ele, os gestores não podem ignorar a epidemia enfrentada pelos estados. “Um dos motivos da violência nos estados é o tráfico de drogas. E o Brasil não produz tóxico, com poucas exceções. A droga entra pelas fronteiras”.
O parlamentar goiano diz que a União não pode abandonar os governadores para lidarem com um problema grave e que não tem aparente solução. “Temos estados carentes de recursos para investir em presídios, faltam profissionais e existe hoje no Brasil uma legislação que convida o bandido a praticar o crime. Então, é preciso mudar a orientação de combate. A que está aí falhou”, diz Wilder Morais, que reconhece os esforços de Temer para mudar uma realidade de inércia no combate ao crime.
O senador goiano diz que já apresentou várias propostas para a segurança pública.
A mais debatida é a revogação do “Estatuto do Desarmamento”, que já passou pelas principais comissões do Senado, com grande índice de aprovação pelos demais parlamentares.
Para Wilder, proibir o cidadão de se defender é um absurdo.
Outra sugestão de Wilder trata da padronização do efetivo de policiais por habitantes e a criação de fundos para a construção de presídios.
O senador diz que a padronização de policiais por habitantes seria um modelo a ser debatido, tendo em vista a mensuração do princípio da eficiência. Wilder concorda que investir em mais policiamento não significa necessariamente redução dos índices de violência, mas aumenta a satisfação dos moradores com a sensação de segurança e se não melhora também não piora em nada o combate à violência.
EDUCAÇÃO
O parlamentar goiano sugere outras modificações de postura, desde que a União se comprometa a efetivamente participar das ações de segurança. Wilder diz que não basta, por exemplo, a União criar uma ‘polícia especial’ como a Força Nacional ou a Polícia de Fronteira. É preciso investir em logística, investigação e, sobretudo, educação.
Wilder lembra que o combate da violência não pode ocorrer com frases de efeito ou apenas reuniões. Para o senador goiano, é preciso orçamento e recursos. E saber distribui-los. “A primeira questão é saber que segurança não significa combate ao crime apenas. Se colocamos um jovem em uma escola, e lá mantermos uma educação de qualidade, estamos preparando alguém para o futuro e que agirá contra qualquer mecanismo de violência”.
No caso de Goiás, Wilder afirma que a União pode muito bem ajudar a equipar a Polícia Militar e Civil que atua no Entorno do Distrito Federal – região considerada com altos índices de criminalidade, conforme o “Mapa da Violência”.
Para Wilder, o Entorno é uma das regiões mais ricas do Brasil e a questão da criminalidade é tópica e deve ser controlada com ações variadas, como a atenção às mães solteiras e que apresentam dificuldades em cuidar dos filhos.
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