Notícia publicada pelo jornal Diário da Manhã — 12 de junho de 2014

RENATO DIAS

Aumentar o valor dedutível no Imposto de Renda dos gastos em educação de R$ 3.230,46, para R$ 5.265,00 para o ano-calendário de 2014 e R$ 5.502,00 para o ano-calendário de 2015. É o que propõe projeto de emenda de autoria do senador do Democratas Wilder Morais (GO). A proposta se refere a gastos relacionados a pagamentos de despesas de instrução do contribuinte e de seus dependentes, explica o parlamentar.

A educação é um capital estratégico para um país que pretenda se desenvolver como nação. O líder do DEM de Goiás utiliza como referência estudo realizado pela EY (antiga Ernst & Young) para apontar que o Brasil, atualmente, ocuparia as últimas posições no ranking de incentivo à educação por meio da dedução no Imposto de Renda. Ele informa ainda que, em um cenário que envolve 20 países, o desconto no IR dos brasileiros com gastos com ensino privado representa menos da metade do valor permitido nos EUA.

— Mais: além de que no Peru, Paraguai e Venezuela, a dedução é integral.

Wilder Morais acredita que o Brasil precisaria incluir também nos gastos dedutíveis com IR as despesas com compra de livro, aulas de inglês e informática. Animado, o senador afirma abençoar o Plano Nacional de Educação aprovado pelo Congresso Nacional. A mensagem eleva, de forma gradual, a 10% do Produto Interno Bruto, soma das riquezas de um País (PIB), os gastos da União, Estados e Municípios com o setor até o ano de 2025.

Documento

Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)que Wilder Morais apresenta ao Diário da Manhã mostra que países como Reino Unido (5,6%), EUA (5,5%) e Suíça (5,5%) investem menos que o Brasil (5,7%) do seu PIB em educação, mas, no entanto, apresentam um desempenho melhor. É necessário, então, gestão, planejamento e eficiência na aplicação dos gastos públicos com Educação, dispara o liberal.