Atuante na defesa do segmento industrial e comercial de Goiás, senador Wilder Morais (DEM-GO) defende uma mudança radical na estruturação das políticas de turismo do Brasil.
Ele acredita, por exemplo, que um plano turístico para toda a região do Entorno do Distrito Federal é urgente para ampliar a vocação econômica da região que faz parte de dois estados brasileiros (Goiás e Minas Gerais) e Distrito Federal.
Chefe da transição de governo em Goiás, que ocorreu nos últimos três meses, Wilder cogitou uma série de políticas públicas para o Entorno, tendo em vista a geração de emprego.
Para o parlamentar, a região tem inúmeros potenciais tanto históricos quanto naturais. “Fico impressionado com cada detalhe e riqueza que apresentam destas cidades. Eu, quando recebo convidados, venho mostrar o que temos aqui de história. E não falo apenas de Pirenópolis e Corumbá de Goiás”.
Wilder cita a Lei Complementar 98/94, que institui a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride) como norma que permite atender aos empreendedores através de sugestões normativas.
Wilder diz que é preciso criar um comitê para debater propostas de emenda a esta norma e sugerir mudanças tributárias que possam atender aos empresários e moradores das cidades do Entorno. “Com a mudança legislativa é possível ampliar o segmento de serviços, gerar empregos e riquezas para a região”, diz o senador, que deverá assumir a futura Secretaria de Indústria .e Comércio (SIC), a ser criada pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), em Goiás.
O parlamentar teve a ideia de atuar na região após perceber o grande entusiasmo com que é tratada a tradicional Fazendinha de JK. A última morada do ex-presidente Juscelino Kubitschek, morto em 1976, tornou-se referência da região, pois une história e política tanto das cidades limítrofes quanto de Brasília.
O imóvel mantem os móveis e artigos pessoais de JK, apesar da família do político ter comercializado a propriedade, em 1984. A questão é que a fazenda está localizada em Luziânia – 13 km do centro da cidade goiana e 60 km de Brasília. Ou seja, a localização é ótima e revela o passado de um dos presidentes mais queridos do Brasil.
Não bastasse, a fazenda é a única obra de Oscar Niemeyer elaborada para a zona rural – portanto, uma raridade da arquitetura brasileira.
Wilder Morais quer a preservação da fazendinha, mas também de vários outros patrimônios do Entorno, caso da comunidade Mesquita (quilombola), dos santuários ecológicos de Formosa e as narrativas históricas das origens das cidades. “Cada município tem seu charme. Explorar o turismo é apostar em um segmento que só cresce. Viajar é um dos principais prazeres humanos. O Entorno precisa capitalizar o que tem de bom e melhor”.
REDUÇÃO DE IMPOSTOS PARA O SEGMENTO
Wilder Morais foi relator de projeto no Senado que pede a diminuição da carga tributária para o segmento do turismo rural. A proposta do ex-senador Lauro Antônio – PLS 65/2012 foi acolhida pelo senador goiano, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
De acordo com o Senado Federal, a proposta aprovada por Wilder Morais requer a limitação de 3% para a alíquota de Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS) incidente no turismo rural. “E mais do que o turismo rural existe a potencialidade do turismoagrícola, algo que tem sido explorado com competência por muitos estados do país”.
Para o senador goiano, o turismo rural tem vários predicados, como a genuína aproximação com a natureza e a agricultura. “É um investimento que tem capacidade de despertar as tradições locais e inserir os próprios moradores neste mercado, que é crescente e importante para os estados e municípios. Daí ser necessária esta modificação tributária”, diz Wilder, que acredita na utilização da norma para alavancar o turismo nas cidades da região metropolitana de Brasília.
AGROTURISMO NO ENTORNO
O senador goiano afirma que o agroturismo, espécie que tem como principal característica a inserção do visitante ao mundo rural e da produtividade, é outra vertente que pode ser explorada pelas cidades históricas do Entorno e municípios de produção agrícola, caso de Cabeceiras, Água Fria de Goiás e Cristalina. “O desenvolvimento desta espécie tende a despertar a atenção das pessoas para o manejo e conservação da vegetação e ao mesmo tempo mostrar como se produz o que nos alimenta.”
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