O que uma família que vive em Goianira-GO, tem a ver com o que acontece nas fronteiras do país? Essas pessoas moram longe dos limites geográficos, portanto, é fácil imaginar que não há interesse algum em temas como a necessidade da Polícia de Fronteira. Mas, não é bem assim.
Como Goiás tem localização geográfica centralizada e privilegiada, a rota do tráfico de drogas e armas encontra em Goiás um “corredor” para transporte destes ilícitos. Portanto, a entrada no país ocorre, principalmente, pelo Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que fazem fronteira com a Bolívia e Paraguai. O objetivo principal destes grupos criminosos é levar drogas e armas para o Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
Onde existe tráfico, existe violência.
O Brasil é um país de dimensões continentais com mais de 16 mil quilômetros de fronteiras terrestres e de sete mil quilômetros de costa marítima. Atualmente, a Polícia Federal é responsável pela proteção das fronteiras nacionais. As família de Goianira, convivem com a violência urbana financiada pelo tráfico. Dessa forma, as consequências dos crimes que formam essas redes criminosas se estendem desde as cidades que são entradas para o tráfico, passando pelas rotas (como é o caso de Goiás) até onde os entorpecentes chegam para consumo final. A mesma lógica ocorre com o tráfico de armas.
A questão é: como combater o crime protegendo uma área tão extensa?
A criação da Polícia de Fronteira pode ser uma alternativa para colaborar, e muito, na luta contra o tráfico de drogas no Brasil.
Por isso, apresentei no Senado a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 03/2018 que está em tramitação. O artigo 144 passaria a vigorar com nova redação, estabelecendo que “à Polícia Nacional de Fronteiras, organizada em carreira única, compete o exercício das funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras”, em colaboração com as demais polícias.
Este pode significar um grande passo para a Segurança Pública do país. A PEC é assinada por outros 29 senadores, entre eles os três de Mato Grosso do Sul.
Benefícios da criação da Polícia de Fronteiras
Entre os problemas logísticos que a proposta pode resolver, destaco as dificuldades para as corporações de enviar e manter o efetivo da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal nessas localidades de fronteiras, por conta das distâncias dos grandes centros. Como a quantidade de policiais que atuam nessas regiões também é baixa, o grau de periculosidade é altíssimo.
Uma força especializada seria formada por pessoas já com interesse em viver e atuar em regiões de fronteira. Uma outra vantagem, será desonerar os efetivos da Polícia Federal, permitindo a sua realocação para o combate a outros crimes graves. Saiba mais em
Compartilhe:
- Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no Tumblr(abre em nova janela)
- Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)
- Clique para enviar um link por e-mail para um amigo(abre em nova janela)
- Clique para imprimir(abre em nova janela)